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/ Publicado el 28 de junio de 2022

Inovação tecnológica

Terapia revolucionária contra certos tipos de câncer será adotada no Brasil

A terapia foi batizada de CAR-T

Em 2017, a terapia batizada de CAR-T foi aprovada pela agência reguladora U.S. Food and Drug Admininstration (FDA), sendo considerada como “uma nova fronteira em inovação médica” e “ponto de inflexão para curar doenças intratáveis”.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) liberou a comercialização na forma de dois tratamentos: Carvykti, da Janssen-Cilag Farmacêutica, e o Kymriah, da Novartis Biociências. São indicados para leucemia linfoblástica aguda de células B, linfoma difuso de grandes células B e o mieloma múltiplo.

A terapia funciona a partir da coleta de sangue no paciente e por fim, os linfócitos são isolados e modificados em laboratório com objetivo de serem capazes de reconhecer e matar células tumorais. Em seguida, são multiplicados até alcançarem a quantidade necessária ao paciente. Com isso, os novos linfócitos são infundidos na corrente sanguínea para combater o tumor.

Com a terapia, a possibilidade de cura para a leucemia linfoblástica aguda é de 60% a 85% e nos linfomas, de 50% a 60%. Os mielomas não tem cura, no entanto, os pacientes têm 80% de chance de sobrevida sem doenças novas nos 4 anos seguintes ao tratamento. Atualmente estima-se que ela custe em torno de 350 mil a 500 mil dólares.

Numerosos medicamentos estão sendo testados para diversos cânceres. Conheça alguns abaixo:

  • Câncer de mama: O trastuzumabe é um anticorpo monoclonal, um tipo de remédio que pode ser usado tanto para prevenir quanto para tratar doenças. No caso do câncer de mama, ele se liga aos receptores que estão na superfície das células cancerosas. Ele funciona como um cavalo de Troia, tendo dois efeitos. O primeiro seria “chamar atenção” do sistema imunológico, para que ele possa enxergar o câncer como uma ameaça e o segundo é invadir as células doentes, destruindo o tumor.  O medicamento é aplicado a cada 21 dias.
  • Câncer de reto: Uma pesquisa envolvendo 12 pacientes observou que o dostarlimabe desapareceu com o câncer retal em todos. No entanto, o medicamento só funciona em um grupo restrito de pacientes que têm tumores que apresentam uma característica descrita como "instabilidade de microssatélites".