Os vírus, incluindo o SARS-CoV-2, mutam com o tempo. Quanto mais chances um vírus tiver de se espalhar, mais possibilidades ele terá de se replicar e mutar. Esse é um processo natural e evolutivo, ainda mais se o organismo em questão tiver em sua constituição ácido ribonucleico (RNA), como é o caso do SARS-CoV-2.
As mutações ocorrem como se fosse uma adaptação do vírus ao ambiente para sua própria sobrevivência. Ao invadir uma célula, o vírus coloca o seu material genético nos ribossomos, que produzem cópias do material do vírus. Quando isso ocorre, há uma chance de acontecer um erro na replicação e uma desses pode dar vantagem ao vírus que vai ser passado a diante.
Atualmente, a versão mais recente do SARS-CoV-2 é a BA.5. Junto com a versão anterior, BA.4, está causando um aumento de casos global: 30% nas últimas duas semanas de acordo com a Organização Mundial da Saúde.
De acordo com o imunologista, Gustavo Cabral de Miranda, a Variante BA.5 tem maior capacidade de escapar da proteção fornecida pelas vacinas disponíveis contra a COVID-19. Sendo necessário assim manter as restrições, como uso de máscara e o distanciamento social.
Um problema encontrado atualmente é o mascaramento dos dados epidemiológicos. Pesquisadores acreditam que o número atual de casos seja maior do que o divulgado, isso devido aos autotestes e a ausência de testagem pela população geral.