O supercrescimento bacteriano do intestino delgado (SIBO) é diagnosticado por meio de cultura quantitativa de aspirados duodenais e/ou teste respiratório de hidrogênio. No entanto, poucos estudos analisaram a microbiota bacteriana em pacientes japoneses com SIBO.
Por isso, Bamba e colaboradores (2024) recrutaram vinte e quatro pacientes com quaisquer sintomas abdominais e suspeita de SIBO. Eles realizaram, no mesmo dia, cultura quantitativa de aspirados duodenais e teste respiratório de hidrogênio com glicose. O SIBO foi diagnosticado com base em uma contagem bacteriana ≥ 10³ UFC/mL ou em um aumento do nível de hidrogênio no teste respiratório ≥ 20 ppm. A composição da microbiota duodenal foi analisada por sequenciamento do gene 16S rRNA.
O SIBO foi diagnosticado em 17 dos 24 pacientes (71%). As taxas de positividade para o teste respiratório de hidrogênio e a cultura quantitativa dos aspirados duodenais foram de 50% e 62%, respectivamente. Pacientes com o supercrescimento apresentaram uma redução significativa na diversidade alfa em comparação com os controles, e a análise da diversidade beta revelou distribuições significativamente diferentes entre os grupos. Além disso, a microbiota intestinal dos pacientes com SIBO foi caracterizada por um aumento relativo de Streptococcus e uma redução relativa de Bacteroides.
Sendo assim, a disbiose duodenal foi identificada em pacientes com SIBO e pode desempenhar um papel na fisiopatologia da doença.