Saúde

Número de brasileiros que fuma mais que 11 cigarros por dia é superior à média da América Latina

Entre os brasileiros entrevistados, 17% fumam todos os dias de 25% pelo menos três vezes na semana.

Autor/a: Mariana Rosário

Fuente: Mariana Rosário

Um levantamento divulgado nesta quarta-feira, 26 de outubro, demonstrou que a média de cigarros consumidos por fumantes brasileiros é superior ao número da América Latina. De acordo com a pesquisa, a média de brasileiros que ultrapassam 11 cigarros por dia (mais que metade de um maço) é de 39% — enquanto a média da América Latina é de 27% A pesquisa foi encomendada pela farmacêutica AstaZeneca.

A pesquisa estendeu a lupa sobre o público em geral, com idade acima de 40 anos em seis países. No Brasil, 28% fumam cigarro, um número menor que a média do bloco latino, em que 38% dizem manter o hábito. A grande questão aqui é justamente a intensidade do fumo, com mais brasileiros ultrapassando a metade da cartela em diante. Ainda dentro do grupo dos fumantes, entre os brasileiros, 17% fumam todos os dias e 25% pelo menos três vezes na semana.

A pesquisa faz parte de uma campanha lançada para o combate do câncer de pulmão e tem como principal função avaliar o quanto se sabe sobre a doença. Após perguntar sobre os hábitos de vida dos pesquisados, o estudo estendeu a lupa sobre o que os respondentes sabiam em relação ao avanço da doença. Do total, 23% dos respondentes brasileiros elencaram o tabagismo como fator de risco para um tumor no pulmão, quando, na verdade, estima-se que 80% dos diagnósticos atuais tenham a ver com o fumo ativo ou passivo.

Suellen Nastri Castro, médica oncologista clínica do Hospital BP, Beneficência Portuguesa de São Paulo, explicou que ainda não há amplo desconhecimento em relação a doença, o que prejudica o tratamento de novos pacientes. Diversas vezes, o diagnóstico é tardio, por isso é necessário alertar a população sobre a gravidade dessa doença, quando tratada tardiamente. Quando o diagnóstico ocorre precocemente, a chance de cura chega a 90% nos primeiros cinco anos.