Hipertusia, alotusia e disfunção laríngea | 14 JUL 21

Tosse refratária e hipersensibilidade laríngea

Hipersensibilidade laríngea vista como uma razão por trás de feixes refratários e inexplicáveis
Autor/a: Krishna M. Sundar, Amanda Carole Stark, Nan Hu, Julie Barkmeier-Kraemer Is laryngeal hypersensitivity the basis of unexplained or refractory chronic cough?

A hipersensibilidade laríngea pode ser um fator chave na tosse refratária e inexplicada.

Resumo

A tosse crônica refratária (CCR) e tosse crônica inexplicada (UCC) são problemas comuns vistos em clínicas de atenção primária e subespecialidades. O papel da hipersensibilidade à tosse e disfunção laríngea em contribuir para a tosse persistente no CCR/UCC não é bem conhecido.

Os autores revisram dados de pacientes com CCR e UCC avaliados em 2019 por uma clínica interdisciplinar de tosse liderada por um pneumologista e uma equipe de fonoaudiologia. Os pacientes responderam a questionários validados, incluindo o Leicester Cough Questionnaire (LCQ), o Voice Disability Index (VHI) e o questionário Dyspneea Index (DI) no encontro inicial.

A presença de hipersensibilidade à tosse foi baseada na história de alotusia e hipertusia. A disfunção laríngea foi diagnosticada em pacientes com história de parestesia laríngea, alterações vocais, dispneia das vias aéreas superiores e documentação de alterações laríngeas funcionais ou anatômicas na nasoendoscopia.

Dos 60 pacientes UCC/CCR analisados, 75% dos pacientes eram mulheres e 85% tinham mais de 40 anos de idade.

A hipersensibilidade à tosse foi documentada em todos os pacientes e múltiplos gatilhos de tosse ocorreram em 75% dos pacientes.

95%, 50% e 25% dos pacientes relataram parestesias laríngeas, distúrbios da voz e dispneia de vias aéreas superiores, respectivamente.

Houve associações significativas entre os escores LCQ e VHI e DI ao ajustar para idade, sexo, etnia e índice de massa corporal. Anormalidades funcionais da laringe foram documentadas em 44 dos 60 pacientes submetidos à nasoendoscopia.

Hipertusia, alotusia e disfunção laríngea foram comuns em pacientes com CCR e UCC. A avaliação de UCC e CCR poderia delinear a hipersensibilidade laríngea e permitiria o tratamento adequado para direcionar este fenótipo.

* Alotusia: estímulo não tosse que causa uma resposta exagerada.

* Hipertusia: Responde mais intensamente a um estímulo do que uma pessoa saudável.

Comentários

A definição das características e melhor compreensão da hipersensibilidade laríngea pode auxiliar no tratamento da tosse refratária e inexplicada, segundo um novo estudo.

Os pesquisadores revisaram os dados de questionários preenchidos por pacientes com tosse crônica refratária (CCR) e tosse crônica inexplicada (CCU), que são problemas comuns vistos em clínicas de atenção primária e subespecialidades.

O estudo, publicado no ERJ Open Research,

descobriu que a hipersensibilidade à tosse foi documentada em todos os 60 pacientes analisados, com múltiplos gatilhos de tosse em 75%. O estudo também constatou que 95% se queixaram de sensações laríngeas que desencadearam tosse, 50% relataram alterações na voz e 25% relataram falta de ar nas vias aéreas superiores.

O exame nasoendoscópico documentou anormalidades funcionais da laringe em 44 de 60 pacientes, todos examinados no Sistema de Saúde da Universidade de Utah. Os dados foram coletados em 2019.

Na maioria dos pacientes, acredita-se que a tosse seja causada por doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), rinossinusite ou asma variante da tosse. No entanto, essas causas não explicam muitos casos. As estimativas situam os casos de UCC e RCC entre 5% e 42% dos pacientes com tosse crônica.

A hipersensibilidade à tosse, caracterizada por limiares de tosse reduzidos e estímulos não nocivos, foi proposta como uma explicação para a tosse refratária e inexplicada.

 

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