Introdução
As vacinas contra COVID-19 foram aprovadas sob autorização de emergência em dezembro de 2020 e mostraram uma alta eficácia contra a infecção por SARS-CoV-2, a hospitalização e a morte relacionadas pelo vírus. No entanto, com relatos de eventos tromboembólicos após a vacinação, surgiu-se uma preocupação. Além disso, recentemente, descobriu-se que os imunizantes baseados em RNAm estavam associados com um risco de eventos raros de miocardite.
Por outro lado, a infecção por SARS-CoV-2 pode desencadear complicações cardíacas e tromboembólicas. Estudos anteriores demonstraram que, embora diminua lentamente com o tempo, o risco de complicações graves segue sendo alto até um ano após a infecção. Embora essas sejam raras, apresentam uma carga substancial para os pacientes afetados, e o número absoluto de casos a nível mundial poderia tornar-se substancial.
De acordo com diferentes pesquisas, a vacinação contra COVID-19 poderia proteger contra as complicações cardíacas e tromboembólicas atribuídas à COVID-19. No entanto, os estudos, em sua maioria, não incluíram complicações a longo prazo e foram realizadas em populações específicas.
Sendo assim, Mercadé-Besora e colaboradores (2023) utilizaram fontes de dados grandes e representativos de três países europeus para avaliar o efeito global das vacinas contra à COVID-19 no risco de complicações agudas e pós-agudas do vírus, incluindo tromboembolismo venoso (TEV), trombose/tromboembolismo arterial (TEA) e outros eventos cardíacos. Além disso, estudaram os efeitos comparativos das vacinas ChAdOx1 versus BNT162b2 sobre o risco desses mesmos resultados.
Métodos
Realizou-se um estudo de coorte baseado em campanhas nacionais de vacinação utilizando registros médicos eletrônicos do Reino Unido, Espanha e Estônia. O lançamento da vacina foi agrupado em quatro etapas com períodos de inscrição pré-definidos. Cada incluiu pessoas elegíveis para a vacinação, sem infecção prévia por SARS-CoV-2 e nenhuma dose de vacina COVID-19 na data de início. O estado de vacinação foi utilizado como exposição variável no tempo.
Os resultados incluíram insuficiência cardíaca (IC), tromboembolismo venoso (TEV) e trombose/tromboembolismo arterial (TEA) registrados em quatro janelas de tempo após a infecção por SARS-CoV-2: 0–30, 31–90, 91–180 e 181–365 dias. Os pesos de sobreposição do escore de propensão e a calibração empírica foram utilizados para minimizar a confusão observada e não observada, respectivamente.
Modelos Fine-Gray estimaram taxas de risco de subdistribuição (sHR). Metanálises de efeitos aleatórios foram realizadas em coortes e bancos de dados stepwise.
Resultados
O estudo incluiu 10,17 milhões de pessoas vacinadas e 10,39 milhões de pessoas não vacinadas. O imunizante foi associado a riscos reduzidos de tromboembolismo venoso (TEV) e trombose/tromboembolismo arterial (TEA) e insuficiência cardíaca da COVID-19 aguda (30 dias) e pós-aguda: por exemplo, sHR meta-analítico de 0,22 (IC 95%: 0,17 a 0,29), 0,53 (0,44 a 0,63) e 0,45 (0,38 a 0,53), respectivamente, durante 0 a 30 dias após a infecção por SARS CoV-2, enquanto nos dias 91 a 180, o sHR foi de 0,53 (0,40 a 0,53). 0,70), 0,72 (0,58 a 0,88) e 0,61 (0,51 a 0,53). 0,73), respectivamente.
Comentarios
Para ver los comentarios de sus colegas o para expresar su opinión debe ingresar con su cuenta de IntraMed.