A endarterectomia da carótida (CEA) em pacientes assintomáticos está associada a uma troca entre o maior risco perioperatório de curto prazo em troca de um menor risco de AVC a longo prazo.
O benefício clínico observado em estudos clínicos randomizados (RCTs) pode não fazer parte da prática do mundo real.
Neste cenário, um estudo comparativo foi realizado com o objetivo de investigar se a intervenção precoce seria uma estratégia superior à terapia inicial na prática, quando aplicada à prevenção de AVCs fatais e não fatais em 5221 pacientes diagnosticados com estenose assintomática da carótida, durante o período de 5 anos de acompanhamento. Para isso, 2712 pacientes receberam CEA e 2509 receberam terapia médica inicial por 1 ano após o índice de imagem da carótida.
De acordo com os resultados, a redução absoluta do risco de AVCs fatais e não fatais associados ao tratamento inicial de endarterectomia da carótida foi representada por menos da metade da redução observada nos estudos iniciados há mais de 2 décadas. Ainda, observou-se que a redução não foi significativa quando o risco concorrente de óbitos sem AVC foi analisado. Diante dos riscos perioperatórios não negligenciáveis de 30 dias e os resultados positivos obtidos na prevenção do AVC, a intervenção médica mostra-se uma potencial estratégia terapêutica em pacientes com estenose assintomática da carótida. |