Pesquisa original | 10 FEB 20

Associação do uso de contraceptivos orais com sintomas depressivos

Associação do uso de contraceptivos orais com sintomas depressivos entre adolescentes e mulheres jovens.

Resumo:

Importância:

Os contraceptivos orais têm sido associados a um risco aumentado de depressão clínica subsequente em adolescentes. Entretanto, a associação do uso de contraceptivos orais com sintomas depressivos concomitantes permanece incerta.

Objetivos:

Investigar a associação entre uso de contraceptivos orais e sintomas depressivos e examinar se essa associação é afetada pela idade, e quais sintomas específicos estão associados ao uso de contraceptivos orais.

Projeto, procedimentos e participantes:

Foram usados dados da terceira à sexta onda do estudo de coorte prospectivo “Pesquisa sobre rastreamento de vidas individuais de adolescentes (TRAILS)”, que foi realizada de 1 de setembro de 2005 a 31 de dezembro de 2016, entre mulheres de 16 a 25 anos que cumpriram pelo menos 1 a 4 avaliações do uso de contraceptivos orais. A análise dos dados foi realizada de 1 de março de 2017 a 31 de maio de 2019.

Exposição: Contraceptivos orais usados aos 16, 19, 22 e 25 anos de idade.

Principais desfechos e medidas: Os sintomas depressivos foram avaliados pela escala de transtorno de afetividade, baseada no DSM-IV, da Juventude (16 anos) e do Auto-relato de Adultos (19, 22 e 25 anos).

Resultados:

Dados de um total de 1010 meninas (743-903 meninas, dependendo da onda) foram analisados (idade média [DP] na primeira avaliação do uso de contraceptivo oral, 16,3 [0,7]; idade média [DP] na avaliação final uso de contraceptivos orais, 25,6 [0,6] anos).  As usuárias de contraceptivos orais diferiram particularmente das não usuárias aos 16 anos, com as não usuárias tendo um nível socioeconômico médio mais alto (DP) (0,17 [0,78] vs –0,15 [0,71]) e mais frequentemente virgens (424 de 533 [79,5%] vs 74 de 303 [24,4%]). Embora todas as usuárias combinadas (idade média [DP], 16,3 [0,7] a 25,6 [0,6] anos) não tenham apresentado escores mais altos de sintomas depressivos em comparação com as não usuárias, as usuárias adolescentes (idade média [DP], 16,5 [0,7] anos) relataram maior escores de sintomas depressivos em comparação com as não-usuárias (idade média [DP], 16,1 [0,6] anos) (pontuação média [DP], 0,40 [0,30] vs 0,33 [0,30]), que persistiram após o ajuste para idade, status socioeconômico e etnia (coeficiente β para interação com a idade, -0,021; IC 95%, -0,038 a -0,005; P = 0,0096). As adolescentes usuárias de contraceptivos relataram particularmente mais choro (razão de possibilidade, 1,89; IC 95%, 1,38-2,58; P <0,001), hipersonia (razão de possibilidade, 1,68; IC 95%, 1,14-2,48; P = 0,006) e mais problemas alimentares (razão de possibilidade, 1,54; IC 95%, 1,13-2,10; P = 0,009) do que as não usuárias.

 

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