Uma revisão rápida dos conceitos fundamentais | 10 JUL 23

Encefalopatia hepática

Os passos básicos para sua abordagem em atendimento primário e emergências
Autor/a: Thiagalingam, P. Hepatic Encephalopathy: A Rapid Review

O que é a encefalopatia hepática?

A encefalopatia hepática (EH) é uma manifestação neurológica da insuficiência hepática aguda, frequente em pacientes com cirrose descompensada. Está associada a problemas cognitivos de longa data que pioram a cada episódio.

Fisiopatología

A fisiopatologia da doença não é completamente compreendida, mas, em resumo, a amônia e outras toxinas que são normalmente metabolizadas pelo fígado se acumulam no soro. Ao atingirem o cérebro, aumentam a produção de glutamina, causando edema cerebral e encefalopatia. Esses dois pioram com inflamação, instabilidade hemodinâmica e hipotensão.

Quais são os precipitantes da encefalopatia hepática?

  • Aumento de nitrogênio: sangramento gastrointestinal e infecção.
  • Diminuição da eliminação de toxinas: insuficiência renal, constipação, falta de adesão aos medicamentos.
  • Alteração de neurotransmissores: álcool, sedantes, hipoglicemia, hipoxemia.

E a ingestão de proteína na dieta?

Uma dieta rica em proteínas pode aumentar os níveis de nitrogênio no sangue, que acabam contribuindo para a encefalopatia hepática. Porém, a evidência para reduzir a sua ingestão não é sólida e diversos artigos possuem conclusões diferentes uns dos outros referentes a esta prática. É importante ter em conta que os pacientes com cirrose também podem ter risco de sarcopenia.

Como é a patologia?

A EH se classifica em uma escala, onde um grau mais elevado corresponde a um pior prognóstico.

  • Grau 1: alteração do estado de ânimo/comportamento (depressão, euforia­), ansiedade, diminuição da atenção, hipersonia/insônia.
  • Grau 2: desorientação (tempo, lugar), apatia, letargia, dificuldade na fala, flapping
  • Grau 3: habla incoherente, somnolencia.fala incoerente, sonolência
  • Grau 4: comatoso, sem resposta a estímulos verbais ou dolorosos
 

Pontos importantes

A encefalopatia hepática é um diagnóstico de exclusão. Deve-se eliminar outras causas que possam provocar estado mental alterado: medicamentos, substâncias, abstinência, sepse, insuficiência renal, traumatismo craniano.

  • Determinar a etiologia provável da doença hepática
  • Perguntar sobre a saúde e estado neurológico inicial do paciente
  • Avaliar o manejo crônico: endoscopia mais recente, peso, medicamentos, adesão à medicação, número médio de evacuações por dia.
  • Perguntar sobre complicações prévias: infecções, varizes, encefalopatia

Detecção de uma causa de descompensação: sintomas infecciosos, sangramento gastrointestinal, constipação, sintomas urinários, procedimento de derivação portossistêmica intra-hepática transjugular.

Como se avalia o flapping?

Nota do editor: o flapping é o transtorno neuromuscular mais característico da encefalopatia hepática, embora não seja patognomônico e possa estar ausente em estágios avançados da doença. Consiste em um tremor flutuante que aparece principalmente ao nível dos pulsos.

Manobra: pode pedir para que o paciente estique os braços com os punhos estendidos e os dedos separados. Os indivíduos com este sintoma não serão incapazes de manter o tônus ​​nos punhos, resultando em movimentos descendentes breves, involuntários, irregulares e assíncronos.

 

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